sexta-feira, 27 de março de 2015

CONVITE SOB O OLHAR DA LUA CHEIA




Do lado de fora, o rosto da lua em pleno plenilúnio faz o seu cortejo pomposo. E no âmago deste quarto quente cujas paredes são rústicas sem nenhum toque de dedo arquitectónico penso, repenso e mergulho na Alma do Mundo nesta velocidade fantasmagórica do meu pestanejar.
Deleitar-me-ei sobre os lençóis perfumados que o amor traz sob os traços do esboço que os deuses magnos pintam em mim.
Poetisa!
Mesmo sem saber se me queres namorar sobre os rascunhos rabiscados pela minha imaginação, deixo-me a mercê do teu sim.
Fale comigo na linguagem dos anjos, deixa-me desmistificar as tuas profecias desconexas que apenas eu desejo neste século que transborda sociedades totalmente consumistas. Vamos à Lua, ao Sol, enfim…vamos ao Cosmo e amemo-nos sobre os lençóis existentes nos buracos negros do universo.
Lambuza o teu suor na epiderme da minha alma. Faça-me humano, não um humano sem sensibilidade como muitos entes superiores existentes neste Manicómio Global, onde todos vivem sob a face do disfarce.
Juro! Serei teu fiel amante. Não te quero minha, antes te quero livre, autónoma e voluptuosa.

Rogo-te minha Safo, sob o olhar beato da lua cheia! Aceita o meu convite e criemos um soneto que expressa o desejo libidinoso pintado nas paredes do céu taciturno de Luanda.

                                                                           Foto Google

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